Depois de completar 15 anos, eu passei a esperar ansiosamente pelos 18, pois naquela idade eu já não podia mais me comportar da mesma forma como quando criança e, mesmo tendo noção de algumas coisas, não tinha minhas opiniões ouvidas pelos adultos, que achavam que eu era muito ingênua e boba para compreender algumas coisas. Eu queria muito ser adulta e acho que qualquer pessoa nessa idade desejou o mesmo que eu.
Eu acreditava que completar 18 anos iria me trazer a credibilidade para ser ouvida e a liberdade para já não depender de mais ninguém. Eu imaginava que as coisas na minha vida mudariam como em um filme e de repente eu iria ter a coragem, o tempo e a autonomia para fazer o que eu quisesse. Mas, a verdade é que esse sentimento de onipotência não durou muito tempo, pois com 18 anos o que vem na verdade é a liberdade vigiada e regulada.
Ter liberdade quando adulto significa assumir responsabilidades e eu estava preparada para isso, mas não imaginava que seria tão cedo.
Quando você se torna adulto as pessoas param de te perguntar "o que você vai ser quando crescer?". Porque, quando você se torna adulto, supõe-se que você não será mais nada além daquilo e as possibilidades se tornam limitadas como uma pintura que antes era abstrata e colorida, te permitindo infinitas interpretações, que se torna concreta e em preto e branco. Quando você se torna adulto as pessoas passam a te cobrar: "qual curso você vai fazer?", "já escolheu uma profissão?", "quando você vai começar a trabalhar?".
O fato de ter que determinar algo para o seu futuro, por si só, coloca uma enorme carga sobre nós. Mas, além dela, o medo de não dar certo nos faz refletir inúmeras vezes se aquilo realmente é o que queremos para o nosso futuro. Às vezes dá certo. Às vezes dá errado e a gente tenta de novo. Mas, na maioria das vezes, carregamos aquele fardo mesmo sabendo que ele não é o ideal para nós.
E então, quando você menos espera, você é um adulto com responsabilidades para cumprir e com sonhos reprimidos que são esquecidos para priorizar aquilo que a vida de adulto mais valoriza: o trabalho.
Não nego que alguns sacrifícios são necessários, sim, para que eu realize os meus sonhos. Quando a gente cresce a gente entende que temos que avaliar os custos de oportunidade (conceito que eu aprendi nas aulas de economia, mesmo não gostando da disciplina) entre ter um horário de lazer ou utilizar esse mesmo horário para trabalhar e juntar dinheiro pra fazer aquela viagem com a qual sempre sonhamos. Mas abrir mão do nosso conforto para fazer uma coisa com a qual não nos satisfazemos para alcançar um objetivo a longo prazo exige muita determinação e o cansaço da vida agitada às vezes só nos faz querer parar o tempo ou desistir de tudo, já que a primeira opção é altamente improvável.
E por fim, a maior lição que eu tirei disso é que eu sonhei tanto em crescer para ser livre e independente, mas mal sabia eu que a maior liberdade que eu teria foi no período da minha infância e, se antes eu soubesse disso, teria aproveitado muito mais essa época, pois hoje, mesmo tendo aquela tal liberdade regulada, a carga de responsabilidades é muito maior depois que a gente cresce e por isso nunca terei disponibilidade para recuperar o tempo que foi perdido.
O fato de ter que determinar algo para o seu futuro, por si só, coloca uma enorme carga sobre nós. Mas, além dela, o medo de não dar certo nos faz refletir inúmeras vezes se aquilo realmente é o que queremos para o nosso futuro. Às vezes dá certo. Às vezes dá errado e a gente tenta de novo. Mas, na maioria das vezes, carregamos aquele fardo mesmo sabendo que ele não é o ideal para nós.
E então, quando você menos espera, você é um adulto com responsabilidades para cumprir e com sonhos reprimidos que são esquecidos para priorizar aquilo que a vida de adulto mais valoriza: o trabalho.
Não nego que alguns sacrifícios são necessários, sim, para que eu realize os meus sonhos. Quando a gente cresce a gente entende que temos que avaliar os custos de oportunidade (conceito que eu aprendi nas aulas de economia, mesmo não gostando da disciplina) entre ter um horário de lazer ou utilizar esse mesmo horário para trabalhar e juntar dinheiro pra fazer aquela viagem com a qual sempre sonhamos. Mas abrir mão do nosso conforto para fazer uma coisa com a qual não nos satisfazemos para alcançar um objetivo a longo prazo exige muita determinação e o cansaço da vida agitada às vezes só nos faz querer parar o tempo ou desistir de tudo, já que a primeira opção é altamente improvável.
E por fim, a maior lição que eu tirei disso é que eu sonhei tanto em crescer para ser livre e independente, mas mal sabia eu que a maior liberdade que eu teria foi no período da minha infância e, se antes eu soubesse disso, teria aproveitado muito mais essa época, pois hoje, mesmo tendo aquela tal liberdade regulada, a carga de responsabilidades é muito maior depois que a gente cresce e por isso nunca terei disponibilidade para recuperar o tempo que foi perdido.